sábado, 24 de dezembro de 2011

5 mitos sobre o cérebro que você jurava ser verdade

Chega de torturar crianças com Mozart: elas não ficarão mais inteligentes por ouvir o compositor. Confira a detonação desse e de outros mitos sobre o cérebro humano. 


O cérebro humano ainda guarda muitos mistérios. Apesar de haver evidências de que o estudo do sistema nervoso existe desde o Egito Antigo, foi só com o surgimento do microscópio, em 1890, que as pesquisas sobre o cérebro passaram a ser mais sofisticadas. Muitas das descobertas que persistem ainda hoje no campo da neurociência foram realizadas a partir de 1950.

As pesquisas atuais não cansam de nos surpreender. O neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis, por exemplo, conseguiu “separar” a mente do corpo, fazendo com que as ondas cerebrais de um macaco nos EUA controlassem um robô no Japão.

Mas mesmo com todo o avanço, ainda há muito que descobrirmos sobre o cérebro humano. Por isso, é normal que alguns mitos sobre o funcionamento desse órgão prevaleçam na cultura popular. Sendo assim, o Tecmundo preparou uma lista com a detonação de cinco famosos equívocos sobre o cérebro que são sempre repetidos por aí. Vamos a eles!

1. “Quem usa o lado esquerdo do cérebro é bom em matemática...”


É muito comum ouvir que pessoas bem organizadas ou com facilidade para solucionar problemas lógicos são aquelas que “pensam” com a parte esquerda do cérebro. Em compensação, as pessoas que tendem a usar mais o lado direito são as que possuem mais vocação para a arte e trabalhos que exigem criatividade.

Quem costumava usar isso como desculpa para justificar as notas baixas em matemática agora vai ter que se desculpar. De acordo com a médica e escritora Lisa Collier Cool, esse mito surgiu nos anos de 1800, quando médicos descobriram que danos causados em um lado do cérebro causavam a perda de habilidades específicas. Entretanto, estudos recentes demonstram que os dois hemisférios do cérebro estão mais ligados do que imaginávamos, sendo que tanto a solução de problemas lógicos quanto a realização de trabalhos criativos disparam atividades nos dois lados do órgão humano.

Outro fato que colaborou para o mito foi que o lado esquerdo do cérebro controla o lado direito do corpo, e vice-versa. Apesar de ser verdade, isso não explica o porquê de uma pessoa canhota ser muito criativa ou alguém destro gostar de matemática. Em outras palavras: todos estão aptos a serem habilidosos em ambas as áreas.

2. O cérebro é cinza


Sabe aqueles cérebros acinzentados e dentro de potes que costumamos ver em filmes e seriados de TV? Pois bem, eles existem, mas aquela não é a cor do órgão dentro de nossas cabeças. O cérebro se torna cinza por causa dos produtos químicos usados para a sua conservação, como o formaldeído.

Apesar de a famosa massa cinzenta existir em nosso cérebro, há também a massa branca, as áreas avermelhadas pela presença de vasos sanguíneos e uma região preta, que adquire essa coloração por causa da neuromelanina, pigmento encontrado também na pele e no cabelo humano.

  3. Álcool mata as células do cérebro

(Fonte da imagem: Wikimedia Commons)
Calma, antes de começar a beber todas, vamos à ciência por trás disso. E nada como começar com uma ressalva: o álcool pode sim matar células do seu cérebro, mas apenas se tiver 100% de pureza. Como as bebidas legalizadas são vendidas com um teor alcóolico muito abaixo disso, as chances de matar os seus neurônios são muito baixas.

De acordo com estudo realizado em 1993 por Grethe Jensen, em vez de matar as células o álcool danifica as terminações nervosas conhecidas como dendritos. Ou seja, apesar de a célula em si não ser invalidada, a forma como ela se comunica com as outras acaba prejudicada. E, diferentemente das drogas que atuam em regiões específicas do cérebro, o álcool atua no órgão todo, podendo causar um verdadeiro estrago em casos de abuso.

4. Usamos apenas 10% do nosso cérebro

Você já deve ter ouvido falar que o ser humano usa apenas 10% do cérebro, certo? Pois bem, esse é um dos mitos mais populares e mais fáceis de serem quebrados. Para refutá-lo, basta fazer a seguinte pergunta: se isso é verdade, então para que servem os outros 90% do órgão? E a culpa, desta vez, é da televisão, que não raramente é acusada de estar emburrecendo os telespectadores.

De acordo com o site Snopes, especializado em desvendar hoaxes e mitos, essa informação equivocada surgiu em um anúncio de revista, no ano de 1998, que dizia: “Você usa apenas 11% do seu potencial”. Porém, quando a emissora norte-americana ABC resolveu usar a frase em propagandas para a série “The secret lives of men” , ela foi alterada para “Homens usam apenas 10% do cérebro”.

Depois disso, não demorou muito até que especialistas em paranormalidade assumissem que os outros 90% do cérebro guardavam poderes psíquicos adormecidos, que podem ser reativados com o devido treinamento. Até mesmo o famoso Uri Geller, na introdução de um de seus livros, cita o fato.

Mas o fato é que isso não passa de bobagem. Lisa Collier Cool explica que, por meio de tomografias e ressonâncias magnéticas é possível constatar que atividades mentais complexas usam diversas áreas do cérebro e, ao fim do dia, o cérebro todo acabou trabalhando. Outra prova de que usamos muito mais do que os tais 10% é o fato de que uma lesão no cérebro, por menor que seja, pode trazer danos irreparáveis ao seu portador. Seria muito azar machucar justamente a porção funcional do órgão.

5. Mozart e joguinhos aumentam seu QI


Não seria legal se pudéssemos ficar mais inteligentes ouvindo música ou resolvendo exercícios de lógica? Nós também achamos. Há, inclusive, games bem divertidos, como os da série Brain Ages, do Nintendo DS. Mas de acordo com uma pesquisa divulgada pelo site Physorg, esses títulos aumentam tanto o seu QI quanto Mario Bros. ou Tetris.

O estudo, que chegou a ser publicado pela conceituada revista Nature, avaliou mais de 8,6 mil pessoas com idade entre 18 e 60 anos e que jogaram esses games por, pelo menos, 10 minutos por dia e três vezes por semana. Outra equipe, com mais de 2,7 mil participantes, deveria se preparar apenas navegando na internet e respondendo a perguntas de conhecimentos gerais.

Comparando os resultados coletados por meio de testes aplicados antes e depois do treinamento, os pesquisadores não conseguiram detectar melhora naqueles que se submeteram ao treinamento com partidas de video game. Pelo contrário: aqueles que passaram o tempo navegando na web tiveram um desempenho maior em algumas seções das provas.

 A mesma coisa acontece com a música de Mozart. Apesar de ser boa e de colaborar para o aumento de cultura do ouvinte, mesmo que seja um bebê de 3 anos, não há respaldo científico para a ideia de que as composições dele possam aumentar a inteligência de alguém. Mesmo assim, existe toda uma indústria de CDs e produtos para bebês que se sustenta em cima desse mito.

De qualquer forma, podemos afirmar sem medo: brincar com video games e conhecer um pouco mais sobre música clássica não fará mal a ninguém, certo?

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domingo, 18 de dezembro de 2011

Jovens japoneses produzem vídeo impressionante em stop motion

Editora Globo


O filme, feito com mais de 2500 fotos, mostra uma batalha entre garotos e personagens animados



Adolescentes japoneses produziram um vídeo impressionante para o concurso cultural da escola em que estudam. O filme, que utiliza a técnica stop motion, mostra uma batalha épica entre dois alunos, que vez ou outra se transformam em personagens de desenho. Com o título de “Guerra do Quadro Negro”, o vídeo foi feito com mais de 2500 fotos. A seqüência, “Guerra do Quadro Negro 2”, deu ainda mais trabalho: mais de 3000 imagens. Confira os dois abaixo:


domingo, 11 de dezembro de 2011

Pesquisa mostra que jogos violentos alteram a funcionalidade cerebral




Por Paolla Arnoni em http://jornalciencia.com/

As regiões cerebrais cognitivas (processo de aprendizado) e emocionais foram alteradas em jovens depois que eles passaram uma semana jogando games violentos, de acordo com análises apresentadas por pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Indiana.

A prática desses jogos tem um efeito nocivo sobre os jogadores, esse estudo tem sido realizado há anos e seu resultado chegou à Suprema Corte em 2010. Até agora, há pouca evidência científica de que os jogos têm um efeito negativo permanente no cérebro.

"Descobrimos que certas áreas do cérebro frontal dos participantes, durante o experimento, foram reduzidas” disse Wang Yang, professor do Departamento de Ciências Radiológicas da Universidade de UI. "As áreas do cérebro que foram expostas a jogos, são responsáveis por gerenciar as emoções e comportamento agressivo”.

O teste realizado

Para a realização do teste foram selecionados 28 homens adultos e saudáveis, com idade entre 18 e 29 anos, que não tinha sido influenciado por games brutais. Foram divididos em dois grupos de 14 pessoas. Participantes do primeiro grupo jogaram videogames em casa, 10 horas por semana. O segundo grupo de participantes não jogou durante duas semanas.

Os 28 homens passaram por ressonância magnética (MRI) no início da análise, o procedimento foi realizado várias vezes durante as duas semanas de pesquisa. Durante os exames cerebrais, os participantes eram obrigados a executar tarefas emocionais pressionando botões para combinar cores representadas por palavras que denotam ações violentas e estavam entre as palavras que não tinham significados de crueldade.

Os resultados apresentados

Os resultados mostraram que após uma semana jogando games violentos, quase todo o grupo foi marcado por uma redução do nível de ativação no lobo frontal esquerdo inferior (responsável pela capacidade de executar funções) e uma diminuição na ativação do córtex cingulado anterior (responsável pela consciência emocional) durante a tarefa, em comparação com os resultados antes do experimento e ao grupo que não jogou game. Depois de uma semana sem jogos, foi possível observar a recuperação de áreas afetadas do cérebro.

Dr. Wang afirma que esses dados indicam que os games violentos têm efeitos negativos na função cerebral. "Esse efeito pode levar a mudanças no comportamento de um indivíduo”, comentou. É importante destacar que a característica principal desta análise foi que os jovens estavam jogando em casa, ou seja, no seu "ambiente natural", enquanto que em alguns estudos anteriores foram efetuados em laboratório

domingo, 4 de dezembro de 2011

Técnica permite restaurar regiões do cérebro que foram danificadas


Editora Globo
Dano no cérebro do rato foi reparado, aponta estudo.//Crédito: Getty Images



Por Revista Galileu/Por New Scientis

Camundongo teve circuito que regula ingestão de alimentos reparado; animal reduziu peso em 30%.

Um trabalho desenvolvido na Universidade de Harvard conseguiu recuperar funções de áreas do cérebro danificadas em camundongos. O transplante de neurônio permitiu um reparo no circuito que regula ingestão de alimentos e peso corporal. A novidade pode ajudar no tratamento de doenças cerebrais.

De acordo com o pesquisador Jeffrey Macklis, o estudo pegou neurônios saudáveis de embriões de camundongos que foram marcados com uma proteína verde fluorescente. Eles usaram estes neurônios para reparar um circuito cerebral que regula a ingestão de alimentos e o peso corporal em resposta a um hormônio chamado leptina. Como o camundongo doente nasceu com dano nessa área, ele se tornou obeso.

Depois disso, os pesquisadores observaram que o neurônio fluorescente sobreviveu ao transplante e se integrou ao circuito cerebral do camundongo doente. Houve resposta à leptina, insulina e glicose, o que sugere que o circuito danificado foi corrigido.

Após o procedimento, o animal passou a pesar 30% menos do que os outros que não tiveram o tratamento.

“Esses neurônios embrionários foram conectados com outros com menos precisão do que se poderia pensar, mesmo assim foram capazes de imediatamente pegar o sinal da leptina", explica Jeffrey Flier, diretor da Harvard Medical School, que fez parte da equipe.

A novidade pode abrir caminho, segundo pesquisadores, para ajudar a tratar lesões na espinha, doença de Parkinson, entre outras doenças cerebrais.
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Ex-jogador Sócrates morre aos 57 anos em SP

(Foto: Arquivo/AE)
O futebol brasileiro perdeu um dos seus maiores nomes na madrugada deste domingo, ídolo do Corinthians e da seleção brasileira: Sócrates Brasileiro Sampaio de Sousa Vieira de Oliveira, o Doutor Sócrates, não resistiu a um choque séptico e morreu no Hospital Albert Einstein, aos 57 anos. O ex-jogador havia sido internado outras duas vezes este ano, em agosto e setembro, por causa de uma hemorragia digestiva.

Jogador de classe, de toque de bola refinado, habilidoso, inteligente. Os adjetivos são os mais diversos para definir o estilo de Sócrates, que conhecia como poucos a arte de deixar um companheiro na cara do gol, mas também sabia estufar a rede. Completo, tinha como marca a versatilidade – além dos mágicos toques de calcanhar.

Além dos embates no gramado, teve a coragem de enfrentar a ditadura e se engajar pessoalmente na campanha das Diretas Já, em 1984. O ato fora das quatro linhas era o caminho natural para Sócrates, que já dentro do Parque São Jorge, o jogador era um dos mentores da Democracia Corintiana.

Na seleção brasileira, era uma das estrelas de um dos maiores times que o futebol mundial já viu, na Copa de 82. Mas o título foi para os italianos, adiando o tetra em 12 anos.

Perfil

Dono de uma personalidade forte, era um líder nato, mas também, por muitas vezes, encarnava o “anti-atleta”: fumava e gostava de uma cervejinha. Recentemente, pouco depois de receber alta do hospital, no fim de agosto, admitiu que fora alcoólatra, mas que estava há três anos sem beber.

Filho de uma família com predileção por nomes de filósofos gregos, Sócrates nasceu em Belém (PA), em 19 de fevereiro de 1954. Seu irmão, Raí, foi o único filho que não foi batizado na mesma linha, mas seguiu os passos do irmão pelos gramados, sendo ídolo do São Paulo.

Início no interior

Sócrates começou a jogar no Botafogo de Ribeirão Preto, onde foi revelado, no fim da década de 70. Dividia seu tempo entre os treinos e a faculdade de Medicina. Ainda assim, se destacou, com atuações de gala que o levaram ao Corinthians em 78.

No Parque São Jorge, tornou-se ídolo da Fiel e conquistou seus principais títulos: foi campeão paulista três vezes, em 79 e o bi de 82-83. Além das conquistas, um dos maiores legados que Sócrates deixou no clube foi a Democracia Corintiana, em que os jogadores eram ouvidos nos momentos de decisões importantes dentro no time. Em plena ditadura, um movimento que levava no seu nome a palavra ‘democracia’ poderia ser considerado uma afronta ao governo militar, mesmo que em seus últimos anos.

Em 1984, engajado na campanha pelas Diretas, prometeu que, se a Emenda Dante de Oliveira foi aprovada no Congresso, não deixaria o país. Mas a proposta foi rejeitada e o jogador se transferiu para a Fiorentina.

A passagem pelo futebol italiano durou pouco e, um ano depois, retornou ao Brasil para jogar pelo Flamengo. Em 88, transferiu-se para o Santos e, em 89, encerrou a carreira no clube que o revelou, o Botafogo-SP. Em 2004, jogou uma partida pelo Garforth Town, time amador da Inglaterra.

Seleção

Sócrates fez parte de uma das maiores seleções da história. O time da Copa de 1982, na Espanha, encantou o mundo, mas acabou não conquistando o tão sonhado tetra. Comandado por Telê Santana, o esquadrão tinha, além do “Calcanhar de Ouro” – um dos apelidos de Sócrates -, uma constelação de craques como Zico, Falcão, Junior, Leandro, Cerezo e Eder.

A eliminação na derrota por 3 a 2 para a Itália, no fatídico jogo no Sarriá, acabou marcando uma geração. Ainda sem o título, aquele time deu show enquanto desfilou o futebol de habilidade e ofensivo pelos campos da Espanha. Até hoje, mesmo sem o caneco, é considerada uma das maiores seleções do mundo.

Em 86, na Copa do México, Sócrates voltaria a disputar um mundial. Sem o mesmo brilho de quatro anos antes, o Brasil foi eliminado novamente, desta vez para a França, nas quartas de final, na disputa por pênaltis.

Fora dos gramados

Sócrates passou a exercer a medicina após pendurar as chuteiras e, nos últimos anos, atuava como comentarista do programa Cartão Verde, da TV Cultura, e era articulista da revista Carta Capital. (Band)
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domingo, 27 de novembro de 2011

Encontrado gene que faz você se sentir bem dormindo apenas 4 horas



Osmairo Valverde

Não é novidade que algumas pessoas precisem dormir 8h para se sentirem bem, outras se contentam com apenas 4h. Qual o motivo?

Cientistas acreditam ter encontrado a resposta. Segundo uma pesquisa do Dr. Karla Allebrandt da Universidade de Ludwing Maximilians, em Munique, a explicação está no nosso DNA. Segundo ele, existe um gene chamado ABCC9 que tem o poder de reduzir o tempo que nós gastamos dormindo.

Isso explicaria em tese o motivo pelo qual alguns conseguem sobreviver com algumas horas de sonos e outros necessitarem de no mínimo 10 horas. Tudo seria uma questão genética. Um ponto ainda “insolúvel” na pesquisa é a questão funcional do ACBCC9, pois é associado a ele riscos de problemas cardíacos e diabetes.

O estudo ocorreu com 4 mil pessoas em sete países da União Européia. Os pacientes tiveram que preencher um formulário sobre seus hábitos de sono, tendo seus sangues colhidos para comparar as respostas com o DNA. A pesquisa deixou claro que quem possuía duas cópias do ABCC9 dormia menos do que aqueles que não tinham. Moscas do gênero Drosophila possuem em seu DNA o mesmo gene, e possuem hábitos de sono extremamente curtos.

Fonte:  http://jornalciencia.com
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sábado, 12 de novembro de 2011

5 notebooks conceituais impressionantes

Por Renan Hamann

Modelos futuristas com propostas inovadoras. Conheça os computadores portáteis que todos gostariam de ter.
 

Nem todo notebook agrada a todo mundo, mas sempre existe aquele que faz com que até mesmo quem não gosta de tecnologia queira comprar um computador novo. Separamos cinco notebooks conceituais que fazem exatamente isso. Deixando qualquer um de boca aberta, os modelos separados são incríveis e trazem novas propostas para a utilização da informática.

5. DesCom

À primeira vista, parece que um monitor foi colocado sobre uma mesa de design arrojado. Na verdade, trata-se de um kit de notebook e escrivaninha, que funciona como um sistema integrado. Quando está conectado, não precisa de cabos de energia e ainda oferece um formato muito mais anatômico para quem quer digitar alguns textos. Também pode ser retirado da mesa para ser carregado como um notebook comum. (Fonte da imagem: Reprodução/GizmonWatch)

4. Vaio Zoom

Desligado ele é apenas uma peça de vidro. Ligado é um dos notebooks mais impressionantes de todos os tempos. Utilizando holografia, o conceito Vaio Zoom projeta as imagens diretamente na tela principal. Na tela secundária, ele cria um teclado virtual para a digitação de textos e também oferece um touchpad.

(Fonte da imagem: Reprodução/GizmonWatch)

3. Moonlight Laptop

Duas telas trabalhando juntas. Some isso ao fato de elas serem curvilíneas e nós temos o Moonlight Laptop. Enquanto a primeira delas possui proporção 16:9, a secundária é 4:3 e oferece sensibilidade ao toque, podendo ser utilizada como controlador do computador. O teclado físico fica na parte inferior, garantindo facilidade na utilização.
(Fonte da imagem: Reprodução/PC World)

2. Compenion

Este conceito parece ser dois aparelhos (um notebook e um tablet), mas é somente um. Na tela principal, todas as tarefas são mostradas para os usuários. Mais abaixo, onde seria o teclado, temos uma superfície touchscreen que pode ser utilizada como teclado ou touchpad. Isso permite que os usuários alternem entre digitar ou desenhar com a caneta stylus.
(Fonte da imagem: Reprodução/GizmonWatch)

1. PCs holográficos

Para que carregar um computador inteiro, se eu posso carregar apenas um projetor muito pequeno? No futuro, os computadores holográficos permitirão exatamente isso. Por enquanto, os conceitos se limitam a nos deixar sonhar. Teclados e telas projetadas sobre mesas e paredes são uma ótima ideia, não acha?
(Fonte da imagem: Reprodução/PC World)
.....
Vale lembrar que, até alguns anos atrás, os tablets também eram considerados conceitos futuristas. Hoje, eles fazem parte da nossa vida e conquistam cada vez mais espaço no mercado. Por essa razão, não é errado esperar que, em três ou quatro anos, já tenhamos novos computadores revolucionários no mercado.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

15 anos sem Renato Russo

Luiz Felipe Carneiro

“Um belo dia, o público vai descobrir que o seu ídolo tem pés de barro, e é uma coisa muito dolorosa porque messias não existem” (Renato Russo)
 
Ele foi o último ídolo do rock brasileiro. Depois dele, não veio mais ninguém. E, arrisco dizer, nunca mais virá. Por Luiz Felipe Carneiro. Foto: Agência Brasil
Parece que foi ontem, e talvez tenha sido mesmo, que Renato Russo morreu. Mas lá se vão 15 anos. O que, sob um ponto de vista, pode parecer uma eternidade.

Eternidade porque Renato Russo foi o último ídolo do rock brasileiro. Depois dele, não veio mais ninguém. E, arrisco dizer, nunca mais virá, até mesmo porque o rock brasileiro não fabrica mais nada de minimamente razoável já faz tempo.

Às vezes eu me pergunto o que fez de Renato Russo um ídolo.

Encontro a resposta facilmente em seus álbuns, especialmente nos da Legião Urbana.

Um dos primeiros LPs que Renato Russo ganhou foi o “White Album”, dos Beatles, quando ele morava em Nova York e tinha nove anos de idade. E isso explica muita coisa. A influência do tal disco branco, de certa forma conceitual, pode ser ouvida em qualquer trabalho da Legião. Ao invés de um amontoado de faixas, cada álbum da Legião Urbana era um “Álbum”, daqueles com início, meio e fim. Impossível de ser entendido sem a cuidadosa audição da primeira à última faixa. Eu fico imaginando os intermináveis exercícios de Renato Russo, Dado Villa-Lobos, Marcelo Bonfá e Renato Rocha (esse último até o terceiro disco, “Que país é este”) para chegar à relação final das faixas. E imagino o quanto Renato Russo não ficou louco, onde quer que estivesse, quando, recentemente, relançaram os discos da Legião em vinil, e, devido a um erro da fábrica, “Soldados” encerrou o lado B do trabalho de estreia da banda, ao invés de “Por enquanto”.

Acho que a Legião começou a se transformar no que foi quando, na infância, Renato Russo sofreu de uma rara doença chamada epifisiólise, que o deixou seis meses sem poder se levantar da cama. Nesse período de convalescença, Renato fundou a fictícia 42th Street Band. Não existia música, é verdade, mas Renato bolou capas de discos, nomes de músicas e até uma biografia para a sua banda imaginária. O líder do conjunto se chamava Eric Russell.

Já adolescente, Renato Russo juntou alguns amigos da Colina, conjunto de prédios habitacionais da UnB, e fundou o Aborto Elétrico, já influenciado por bandas como o PiL e o The Clash. Nada mais apropriado para rapazes de Brasília que não tinham muito que fazer.

O Aborto não chegou a gravar nenhum disco, mas compôs algumas canções que, mais tarde, seriam distribuídas nos três primeiros álbuns da Legião e no primeiro do Capital Inicial. “Geração Coca-Cola” era uma delas. O hino dos “filhos da revolução” que berravam contra o regime militar. No álbum póstumo “Uma outra estação”, Renato voltou ao tema, mas, dessa vez, de uma forma menos romântica: “Eu sou a lembrança do terror/ De uma revolução de merda/ De generais e de um exército de merda”. Os “filhos da revolução” envelheceram.

Após uma briga com o baterista Felipe Lemos, Renato decidiu ser o “trovador solitário”. Só ele e seu violão. As músicas dessa fase podem ser encontradas no CD “O trovador solitário” (2008), idealizado por Marcelo Fróes.

De saco cheio de bancar o Bob Dylan, Renato fundou a Legião Urbana. Em 1985, com a força dos colegas dos Paralamas do Sucesso que levaram a fitinha da banda para a gravadora EMI, enquanto rolava o Rock in Rio, chegou às lojas o autointitulado álbum de estreia da banda.
Abertura do 44º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, onde foi exibido o filme "Rock Brasília, era de ouro" de Wladimir Carvalho. Foto: Agência Brasil
“Só um cego ou surdo não constataria de primeira que Renato era um John Lennon, Bob Dylan, Elvis Presley, Paul McCartney, Bruce Springsteen, Brian Wilson e Joe Strummer, tudo junto, num país tão carente de equivalentes nacionais”, disse o produtor José Emilio Rondeau, no livro “Renato Russo”, de Arthur Dapieve. Estava certo. Tudo o que a Legião viria a ser já estava lá naquele primeiro disco, da sonoridade ao conceito, passando pelas letras de Renato, claro.

A gravadora pensava que “Legião Urbana” não ia dar em muita coisa. Mas se enganou. O disco vendeu muito e gerou uma boa quantidade de singles. Para o segundo álbum, óbvio, a gravadora queria algo parecido com o primeiro. Direto e roqueiro. Mas lógico que a Legião não ia entrar nessa. “Todos os discos de uma grande banda são bons”, disse Renato Russo à MTV em uma de suas últimas entrevistas.

E, certamente, ele já pensava assim em 1986, quando peitou a gravadora, e entrou no estúdio para gravar “Dois”. “A gente se acostumou com o ambiente no estúdio, como se fosse a extensão de casa. Acreditamos que era realmente possível fazer música e discos a partir desse disco”, me disse o guitarrista Dado Villa-Lobos, em 2006, quando “Dois” completou 20 anos.

De fato, a partir de “Dois”, a Legião amadureceu. O álbum, que era para ser duplo e se chamar “Mitologia e intuição”, acabou sendo simples (“Todos os discos da Legião são duplos até segunda ordem”, dizia Renato), mas, mesmo assim, bem diferente do primeiro. As músicas rápidas e de letras mais simplórias deram espaço a canções mais longas e sem refrão, como “Eduardo e Mônica” e “Indios”. Nem por isso “Dois” deixou de fazer sucesso. Pelo contrário.

Na turnê de lançamento do álbum, a Legião tocou no Canecão pela primeira vez, ainda que no horário não muito nobre das sete da noite. Mal imaginava Renato (ou, de repente, imaginava sim) que, um ano depois, a Legião Urbana estaria lotando estádios Brasil afora. O show mais emblemático, durante o lançamento de “Que país é este”, aconteceu no Mané Garrincha, em Brasília, no dia 16 de junho de 1988. Um maluco invadiu o palco e agrediu o cantor com um canudo de plástico. O caos tomou conta do lugar e por sorte ou por milagre ninguém morreu naquilo que ficou conhecido como o “Altamont brasileiro”. 
 
Renato Russo, vocalista da banda Legião Urbana, conversa com Vladimir Carvalho, diretor do documentário Rock Brasília - Era de Ouro, que exibirá cenas gravadas pelo cineasta na década de 1980. Foto: Agência Brasil
Apresentações não muito convencionais, aliás, fizeram parte da história da Legião. Quando a banda lançou o lírico “As quatro estações” (mais um álbum em que Renato colocou as suas vísceras), houve confusão no Jockey Club do Rio de Janeiro. Animais na fila do gargarejo detonaram uma guerra de areia que quase terminou o show antes da hora. Em janeiro de 1995, dessa vez divulgando “O descobrimento do Brasil”, em Santos, Renato levou uma latada e passou os últimos 45 minutos de show cantando deitado. Foi a última vez que ele pisou em um palco. Antes disso, em outubro de 1994, a banda realizou três dos shows mais lindos da história do finado Metropolitan, no Rio de Janeiro, e que geraram o CD duplo ao vivo “Como é que se diz eu te amo”. Inusitadamente, as apresentações, registradas pela Rede Bandeirantes, nunca viraram DVD.

A verdade é que Renato não gostava de fazer shows. Não tolerava a violência dos seguranças que agrediam os fãs. Ele também costumava dizer que, durante uma apresentação ao vivo, se sentia como estivesse fazendo amor com 10, 20, 30 mil pessoas ao mesmo tempo. E, depois, caía em depressão quando ia dormir sozinho em casa ou em um quarto de hotel.

A Legião abriu a década de 90 com “V”, o seu trabalho mais pesado. “O réquiem do milênio”, como bem definiu o produtor e jornalista Ezequiel Neves. “O descobrimento do Brasil” veio em seguida e dava a (falsa) impressão, com a sua capa florida e alegre, de que seria o oposto de “V”. Ledo engano. Por dentro, mais um réquiem, inclusive o do Brasil, limpidamente esculpido em “Perfeição”.

A Legião Urbana abandonou os palcos. Mas não os estúdios. Em setembro de 1996, duas semanas antes da morte de Renato Russo, foi lançado “A tempestade ou O livro dos dias”. Antes, Renato ainda colocou nas lojas os trabalhos solo “The Stonewall celebration concert” e “Equilíbrio distante”, com músicas cantadas em inglês e em italiano, respectivamente.

Há 15 anos, jornais dedicaram cadernos especiais ao compositor da Legião Urbana. O Jornal Nacional alterou todo o seu noticiário para dar metade de seu tempo à repercussão da morte de Renato. Hoje em dia, com exceção dos velhos medalhões da MPB, qual artista brasileiro mereceria tamanha deferência?

A Legião somou pouco mais de 12 anos de carreira. E deixou um legado imenso. Dá pena ver qualquer banda hoje em dia lançando DVDs comemorativos de 10, 15, 20 anos de carreira sem ter o que dizer.

Às vezes eu me pergunto o que Renato Russo estaria fazendo hoje se vivo fosse. Segundo o próprio, a partir dos 40 anos, faria cinema. Depois dos 60, seria escritor. 
 

A banda Legião Urbana: Marcelo Bonfá, Renato Russo e Dado Villa-Lobos

Eu tenho as minhas dúvidas.

Para mim, a Legião Urbana nunca deixaria de existir.

A Legião não era só uma banda. Era a representação de seus fãs.

Ou como Renato Russo gostava de dizer: “A verdadeira Legião Urbana são vocês.”
 

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Aniversário de John Lennon é comemorado com exposições de desenhos em NY

Reprodução/YouTube
Yoko Ono e John Lennon em imagem do documentário "Bed Peace" (1969)


Lennon (1940-1980) celebra a partir desta sexta-feira em Nova York o aniversário do nascimento do músico, que completaria 71 anos no próximo dia 9 de outubro.

Com o título "Gimme Some Truth", a mostra acolhe uma centena de obras sobre papel, entre as quais há várias com teor erótico, disse a Agência Efe uma assessora da "Legacy Productions", entidade que organiza a exposição junto com a viúva de Lennon, Yoko Ono.

"Alguns dos desenhos pertencem a uma coleção que Lennon realizou por conta de seu casamento com Ono, e foram questionados por seu conteúdo erótico, embora nos dias de hoje, já não sejam polêmicos", disse a Agência Efe uma das responsáveis pela organização, Madeleine Schwartz.

A exposição, cujo título homenageia uma das canções do álbum "Imagine" (1971) de Lennon, permanecerá até o dia 10 de outubro em um prédio do bairro de Soho.

Todas as obras estão à venda por um preço entre US$ 200 e US$ 20 mil, mas os que somente desejam ver a obra, podem fazer isso de forma gratuita ou em troca de um donativo de US$ 2, que será destinado à organização beneficente Citymeals-on-Wheels, dedicada a fornecer alimentos a idosos de Nova York, informou a organização.

Embora seu lado artístico seja menos conhecido que o musical, Lennon se formou como artista plástico: antes se transformar em um Beatle, iniciou estudos de belas artes na escola de arte e desenho de Liverpool (Inglaterra), sua cidade natal.

O ex-Beatle nasceu no dia 9 de outubro de 1940 e morreu em 8 de dezembro de 1980 na frente da sua casa, no edifício Dakota, situado em frente ao Central Park, após receber oito tiros de Mark David Champan, que ainda cumpre pena pelo assassinato de John.

Sean Ono Lennon, filho de Yoko e John Lennon, também fará aniversário no dia 9 de outubro (36 anos).

Também por causa do aniversário do nascimento de Lennon, Ono irá até Reykjavik, capital da Islândia, no dia 9 de outubro para acender, como fez no ano passado, a torre "Imagine Peace", em memória do músico.


Fonte: http://musica.uol.com.br

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Família constrói casa de Hobbit com R$ 8 mil

Cansada de pagar hipoteca, família britânica faz casa em encosta de colina com restos da floresta por Redação Galileu

Depois de quase uma vida pagando hipoteca, a família Dale decidiu agir. O pai, Simon, começou a construir uma casa na floresta. Mas o projeto do britânico não foi nada modesto. Com apenas martelo, instrumento para esculpir madeira e serra, ele fez uma verdadeira casa dos Hobbits no País de Gales.

http://www.simondale.net/house

Em quatro meses de trabalho, contando com a ajuda do padrasto, amigos e visitantes, Simon conseguiu terminar a casa. Ao todo, ele gastou 3 mil libras, ou pouco mais que R$ 8 mil – o que, para uma casa do porte dessa, não parece muito caro.

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No site, onde mostra imagens de sua casa, Simon escreve que a ideia da arquitetura foi respeitar e integrar seu lar ao meio ambiente. Em troca, ele consegue viver em contato com a natureza. Nada de casas pré-fabricadas usando produtos tóxicos, diz ele.



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O construtor de 32 anos, sem nenhuma experiência em carpintaria, juntou materiais que recolhia na floresta e outros reaproveitados para fazer toda a estrutura de seu novo lar. Enquanto ele trabalhava, a mulher e os dois filhos, sem casa, acampavam em um local próximo.

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Enquanto a família procurava por um local para fazer sua casa, o dono área deixou que ficassem lá e doou madeira para a construção, em troca, a família deveria tomar conta da área para ele. As paredes são de lama, o banheiro é também uma composteira e a energia vem de painéis solares.


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Atualmente a família virou uma espécie de atração local com sua casa de Hobbit sustentável.

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Filme ‘Rock Brasília’ emociona público


Por Luciana Lima*

Embora não faça parte da mostra competitiva, o documentário Rock Brasília – A Era de Ouro, de Vladimir Carvalho, emocionou o público na abertura do 44º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, nessa segunda-feira 26 à noite, no Teatro Nacional. O filme, que conta a história da geração do rock dos anos 80 em Brasília, não só empolgou pela espontaneidade dos depoimentos dos músicos, mas também pela identificação com os que moram nas superquadras e que, de alguma forma, viram o movimento do rock ocorrer na cidade.

Vladimir Carvalho retrata a geração que gerou bandas como Capital Inicial, Legião Urbana e Plebe Rude, valorizando a capacidade que esses jovens tiveram de se expressar em meio a condições adversas. “Eram jovens que reagiam institivamente à autoridade. Eram jovens cultos, viajados e que fizeram músicas e letras permeadas dessa reação naquele momento de transição da política. Eles não foram cooptados, eles cooptaram”, disse à Agência Brasil o cineasta, que era professor da Universidade de Brasília (UnB) na década de 1980 e registrou os momentos iniciais das bandas, além de entrevistas com seus integrantes em 1987 e 1988.

“Percebi que havia história no movimento desses rapazes porque eles estavam voltando a Brasília depois de tocar em várias cidades brasileiras. Comecei a gravar os shows que aconteciam na Foods (lanchonete da Asa Sul), na UnB e a gravar entrevistas com esses garotos. Isso ficou guardado por mais de 20 anos. A minha sorte é que não estragou”, acrescentou.

Vladimir ressalta o exemplo dessa geração pelo papel de resistência e, principalmente, de crença em um sonho. “É necessário olhar no retrovisor para entender muito do Brasil de hoje. Esses garotos deram um ensurdecedor exemplo de perseverança e crença em um sonho. E tem que ser assim para que esse sonho se torne realidade”, disse. “Eles ainda sentiram o peso dos resquícios da ditadura, chegaram a ser presos em um show em Patos de Minas e viram que o negócio era sério”.

O autor do documentário Vladimir Carvalho, durante a abertura do Festival de Cinema. Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ ABr

O baterista Fe Lemos, da banda Capital Inicial, um dos entrevistados no documentário, lembrou que à época, não poderia imaginar a repercussão de sua simples vontade de tocar. “A gente via tudo como brincadeira. Nunca pensei que isso tivesse tamanha repercussão, da mesma forma que nunca pensei que estaríamos agora sem o Renato Russo, que sempre dizia que queria ser músico, depois cineasta e, depois, escrever um livro. Se ele estivesse aqui neste momento, com certeza estaria se aventurando pelas artes visuais”.

Rock Brasília – Era de Ouro não concorrerá a prêmios. O filme, no entanto, já recebeu o prêmio de melhor documentário do Festival de Paulínia de Cinema deste ano.

*Matéria publicada originalmente na Agência Brasil