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sábado, 24 de dezembro de 2011

5 mitos sobre o cérebro que você jurava ser verdade

Chega de torturar crianças com Mozart: elas não ficarão mais inteligentes por ouvir o compositor. Confira a detonação desse e de outros mitos sobre o cérebro humano. 


O cérebro humano ainda guarda muitos mistérios. Apesar de haver evidências de que o estudo do sistema nervoso existe desde o Egito Antigo, foi só com o surgimento do microscópio, em 1890, que as pesquisas sobre o cérebro passaram a ser mais sofisticadas. Muitas das descobertas que persistem ainda hoje no campo da neurociência foram realizadas a partir de 1950.

As pesquisas atuais não cansam de nos surpreender. O neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis, por exemplo, conseguiu “separar” a mente do corpo, fazendo com que as ondas cerebrais de um macaco nos EUA controlassem um robô no Japão.

Mas mesmo com todo o avanço, ainda há muito que descobrirmos sobre o cérebro humano. Por isso, é normal que alguns mitos sobre o funcionamento desse órgão prevaleçam na cultura popular. Sendo assim, o Tecmundo preparou uma lista com a detonação de cinco famosos equívocos sobre o cérebro que são sempre repetidos por aí. Vamos a eles!

1. “Quem usa o lado esquerdo do cérebro é bom em matemática...”


É muito comum ouvir que pessoas bem organizadas ou com facilidade para solucionar problemas lógicos são aquelas que “pensam” com a parte esquerda do cérebro. Em compensação, as pessoas que tendem a usar mais o lado direito são as que possuem mais vocação para a arte e trabalhos que exigem criatividade.

Quem costumava usar isso como desculpa para justificar as notas baixas em matemática agora vai ter que se desculpar. De acordo com a médica e escritora Lisa Collier Cool, esse mito surgiu nos anos de 1800, quando médicos descobriram que danos causados em um lado do cérebro causavam a perda de habilidades específicas. Entretanto, estudos recentes demonstram que os dois hemisférios do cérebro estão mais ligados do que imaginávamos, sendo que tanto a solução de problemas lógicos quanto a realização de trabalhos criativos disparam atividades nos dois lados do órgão humano.

Outro fato que colaborou para o mito foi que o lado esquerdo do cérebro controla o lado direito do corpo, e vice-versa. Apesar de ser verdade, isso não explica o porquê de uma pessoa canhota ser muito criativa ou alguém destro gostar de matemática. Em outras palavras: todos estão aptos a serem habilidosos em ambas as áreas.

2. O cérebro é cinza


Sabe aqueles cérebros acinzentados e dentro de potes que costumamos ver em filmes e seriados de TV? Pois bem, eles existem, mas aquela não é a cor do órgão dentro de nossas cabeças. O cérebro se torna cinza por causa dos produtos químicos usados para a sua conservação, como o formaldeído.

Apesar de a famosa massa cinzenta existir em nosso cérebro, há também a massa branca, as áreas avermelhadas pela presença de vasos sanguíneos e uma região preta, que adquire essa coloração por causa da neuromelanina, pigmento encontrado também na pele e no cabelo humano.

  3. Álcool mata as células do cérebro

(Fonte da imagem: Wikimedia Commons)
Calma, antes de começar a beber todas, vamos à ciência por trás disso. E nada como começar com uma ressalva: o álcool pode sim matar células do seu cérebro, mas apenas se tiver 100% de pureza. Como as bebidas legalizadas são vendidas com um teor alcóolico muito abaixo disso, as chances de matar os seus neurônios são muito baixas.

De acordo com estudo realizado em 1993 por Grethe Jensen, em vez de matar as células o álcool danifica as terminações nervosas conhecidas como dendritos. Ou seja, apesar de a célula em si não ser invalidada, a forma como ela se comunica com as outras acaba prejudicada. E, diferentemente das drogas que atuam em regiões específicas do cérebro, o álcool atua no órgão todo, podendo causar um verdadeiro estrago em casos de abuso.

4. Usamos apenas 10% do nosso cérebro

Você já deve ter ouvido falar que o ser humano usa apenas 10% do cérebro, certo? Pois bem, esse é um dos mitos mais populares e mais fáceis de serem quebrados. Para refutá-lo, basta fazer a seguinte pergunta: se isso é verdade, então para que servem os outros 90% do órgão? E a culpa, desta vez, é da televisão, que não raramente é acusada de estar emburrecendo os telespectadores.

De acordo com o site Snopes, especializado em desvendar hoaxes e mitos, essa informação equivocada surgiu em um anúncio de revista, no ano de 1998, que dizia: “Você usa apenas 11% do seu potencial”. Porém, quando a emissora norte-americana ABC resolveu usar a frase em propagandas para a série “The secret lives of men” , ela foi alterada para “Homens usam apenas 10% do cérebro”.

Depois disso, não demorou muito até que especialistas em paranormalidade assumissem que os outros 90% do cérebro guardavam poderes psíquicos adormecidos, que podem ser reativados com o devido treinamento. Até mesmo o famoso Uri Geller, na introdução de um de seus livros, cita o fato.

Mas o fato é que isso não passa de bobagem. Lisa Collier Cool explica que, por meio de tomografias e ressonâncias magnéticas é possível constatar que atividades mentais complexas usam diversas áreas do cérebro e, ao fim do dia, o cérebro todo acabou trabalhando. Outra prova de que usamos muito mais do que os tais 10% é o fato de que uma lesão no cérebro, por menor que seja, pode trazer danos irreparáveis ao seu portador. Seria muito azar machucar justamente a porção funcional do órgão.

5. Mozart e joguinhos aumentam seu QI


Não seria legal se pudéssemos ficar mais inteligentes ouvindo música ou resolvendo exercícios de lógica? Nós também achamos. Há, inclusive, games bem divertidos, como os da série Brain Ages, do Nintendo DS. Mas de acordo com uma pesquisa divulgada pelo site Physorg, esses títulos aumentam tanto o seu QI quanto Mario Bros. ou Tetris.

O estudo, que chegou a ser publicado pela conceituada revista Nature, avaliou mais de 8,6 mil pessoas com idade entre 18 e 60 anos e que jogaram esses games por, pelo menos, 10 minutos por dia e três vezes por semana. Outra equipe, com mais de 2,7 mil participantes, deveria se preparar apenas navegando na internet e respondendo a perguntas de conhecimentos gerais.

Comparando os resultados coletados por meio de testes aplicados antes e depois do treinamento, os pesquisadores não conseguiram detectar melhora naqueles que se submeteram ao treinamento com partidas de video game. Pelo contrário: aqueles que passaram o tempo navegando na web tiveram um desempenho maior em algumas seções das provas.

 A mesma coisa acontece com a música de Mozart. Apesar de ser boa e de colaborar para o aumento de cultura do ouvinte, mesmo que seja um bebê de 3 anos, não há respaldo científico para a ideia de que as composições dele possam aumentar a inteligência de alguém. Mesmo assim, existe toda uma indústria de CDs e produtos para bebês que se sustenta em cima desse mito.

De qualquer forma, podemos afirmar sem medo: brincar com video games e conhecer um pouco mais sobre música clássica não fará mal a ninguém, certo?

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domingo, 11 de dezembro de 2011

Pesquisa mostra que jogos violentos alteram a funcionalidade cerebral




Por Paolla Arnoni em http://jornalciencia.com/

As regiões cerebrais cognitivas (processo de aprendizado) e emocionais foram alteradas em jovens depois que eles passaram uma semana jogando games violentos, de acordo com análises apresentadas por pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Indiana.

A prática desses jogos tem um efeito nocivo sobre os jogadores, esse estudo tem sido realizado há anos e seu resultado chegou à Suprema Corte em 2010. Até agora, há pouca evidência científica de que os jogos têm um efeito negativo permanente no cérebro.

"Descobrimos que certas áreas do cérebro frontal dos participantes, durante o experimento, foram reduzidas” disse Wang Yang, professor do Departamento de Ciências Radiológicas da Universidade de UI. "As áreas do cérebro que foram expostas a jogos, são responsáveis por gerenciar as emoções e comportamento agressivo”.

O teste realizado

Para a realização do teste foram selecionados 28 homens adultos e saudáveis, com idade entre 18 e 29 anos, que não tinha sido influenciado por games brutais. Foram divididos em dois grupos de 14 pessoas. Participantes do primeiro grupo jogaram videogames em casa, 10 horas por semana. O segundo grupo de participantes não jogou durante duas semanas.

Os 28 homens passaram por ressonância magnética (MRI) no início da análise, o procedimento foi realizado várias vezes durante as duas semanas de pesquisa. Durante os exames cerebrais, os participantes eram obrigados a executar tarefas emocionais pressionando botões para combinar cores representadas por palavras que denotam ações violentas e estavam entre as palavras que não tinham significados de crueldade.

Os resultados apresentados

Os resultados mostraram que após uma semana jogando games violentos, quase todo o grupo foi marcado por uma redução do nível de ativação no lobo frontal esquerdo inferior (responsável pela capacidade de executar funções) e uma diminuição na ativação do córtex cingulado anterior (responsável pela consciência emocional) durante a tarefa, em comparação com os resultados antes do experimento e ao grupo que não jogou game. Depois de uma semana sem jogos, foi possível observar a recuperação de áreas afetadas do cérebro.

Dr. Wang afirma que esses dados indicam que os games violentos têm efeitos negativos na função cerebral. "Esse efeito pode levar a mudanças no comportamento de um indivíduo”, comentou. É importante destacar que a característica principal desta análise foi que os jovens estavam jogando em casa, ou seja, no seu "ambiente natural", enquanto que em alguns estudos anteriores foram efetuados em laboratório

domingo, 4 de dezembro de 2011

Técnica permite restaurar regiões do cérebro que foram danificadas


Editora Globo
Dano no cérebro do rato foi reparado, aponta estudo.//Crédito: Getty Images



Por Revista Galileu/Por New Scientis

Camundongo teve circuito que regula ingestão de alimentos reparado; animal reduziu peso em 30%.

Um trabalho desenvolvido na Universidade de Harvard conseguiu recuperar funções de áreas do cérebro danificadas em camundongos. O transplante de neurônio permitiu um reparo no circuito que regula ingestão de alimentos e peso corporal. A novidade pode ajudar no tratamento de doenças cerebrais.

De acordo com o pesquisador Jeffrey Macklis, o estudo pegou neurônios saudáveis de embriões de camundongos que foram marcados com uma proteína verde fluorescente. Eles usaram estes neurônios para reparar um circuito cerebral que regula a ingestão de alimentos e o peso corporal em resposta a um hormônio chamado leptina. Como o camundongo doente nasceu com dano nessa área, ele se tornou obeso.

Depois disso, os pesquisadores observaram que o neurônio fluorescente sobreviveu ao transplante e se integrou ao circuito cerebral do camundongo doente. Houve resposta à leptina, insulina e glicose, o que sugere que o circuito danificado foi corrigido.

Após o procedimento, o animal passou a pesar 30% menos do que os outros que não tiveram o tratamento.

“Esses neurônios embrionários foram conectados com outros com menos precisão do que se poderia pensar, mesmo assim foram capazes de imediatamente pegar o sinal da leptina", explica Jeffrey Flier, diretor da Harvard Medical School, que fez parte da equipe.

A novidade pode abrir caminho, segundo pesquisadores, para ajudar a tratar lesões na espinha, doença de Parkinson, entre outras doenças cerebrais.
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